30.12.05

Feliz 2006!

A vida se torna longa quando é bem preenchida.
(Leonardo da Vinci)

25.12.05

Natal velho e Ano novo !

"O grande "barato" da vida
é olhar para trás e sentir orgulho da
sua história.
O grande lance é viver cada momento
como se a receita da felicidade fosse o
AQUI e AGORA!
Claro que a vida prega peças.
É lógico que, por vezes,
o bolo sola, o pneu fura, chove demais.

Mas... Pensa só:
tem graça viver sem rir de gargalhar
pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado(a) durante o
dia todo por causa de uma discussão na ida
pro trabalho?

Tá certo, eu sei, hiena come porcaria e ri, eu sei.
Não quero ser cego, burro ou dissimulado.

Quero viver bem.

2005 foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações,
mas também cheio de problemas e desilusões.

Normal.

Às vezes se espera demais das pessoas.

Normal.

A grana que não veio,
o amigo que decepcionou,
o amor que acabou.

Normal.

2006 não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda,
mas o homem é cheio de imperfeições,
a natureza tem sua personalidade
que nem sempre é a que a gente deseja,
mas e aí? Fazer o que?
Acabar com o seu dia?
Com seu bom humor?
Com sua esperança?
O que eu desejo pra todos nós
é sabedoria!
É que todos nós saibamos transformar tudo
em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar
o desconhecido, o mal educado.
Ele passou na sua vida.
Não pode ser responsável por um dia ruim.
Entender o amigo
que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou,
passa pra categoria 3,
a dos amigos não tão amigo.
Ou muda de classe,
vira colega.
Além do mais,
a gente, provavelmente,
também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou?
Beleza,
não tava na hora,
não deveria ser a melhor coisa pra esse momento
(me lembro sempre de uma frase que adoro:
cuidado com seus desejos,
eles podem se tornar realidade).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso.Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo pra todo mundo esse olhar especial!
2006 pode ser um ano especial se nosso olhar for diferente.
Pode ser muito legal,se entendermos nossas fragilidades e egoísmos, e dermos a volta nisso.
Somos fracos,mas podemos melhorar. Somos egoístas,mas podemos entender o outro.
2006 pode ser o bicho,
o máximo, maravilhoso, lindo, maneiro, especial...
Pode ser puro orgulho.
Depende de mim! De você!
Pode ser.
E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!
Que a virada do ano não seja somente uma data,
mas um momento para repensar
tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos
podem se tornar realidade
somente se fizermos jus
e acreditarmos neles!"

12.12.05

Perfil do direitista tupiniquim, em dez traços

Este post é dedicado a dois grandes amigos... Thales e Marília. Companheiros fiéis de pupunha.
A festina é lente, mas não é lerda!!! hehehehe...

10. Ao contrário dos direitistas gringos, europeus ou mesmo mexicanos – virulentamente patrióticos ao ponto da xenofobia – o direitista brasileiro odeia o Brasil. É curioso, porque nenhuma direita traz tantas marcas do seu lugar de origem como a brasileira. Até quando fala de Chesterton.

9. O direitista brazuca sofre de profunda nostalgia. Entende-se: ele um dia teve Carlos Lacerda e Paulo Francis. Hoje deve contentar-se com Diogo Mainardi e outros funcionários da Veja. Ou seja, já completa uma geração em total orfandade de gurus. Andam tão carentes que seu mais novo mestre é um auto-intitulado "filósofo" de cujo trabalho nenhum profissional de filosofia jamais ouviu falar.

8. Os direitistas tupiniquins em geral se dividem em dois grupos: os raivosos e os blasé. Aqueles vociferam em blogs, lançam insultos, ordenam que os adversários se mudem para Cuba. Reagem histericamente à própria infelicidade. Os blasé, em busca de uma elegância copiada de algum filme gringo, intercalam em suas frases expressões inglesas já completamente fora de uso. Reagem esquizofrenicamente à sua infelicidade, à sua incapacidade de reconciliarem-se com o que são.

7. O direitismo brasileiro costuma ser um grande clube do Bolinha. Tem verdadeiro pânico das mulheres, especialmente das mulheres fortes, seguras, profissionalmente bem-sucedidas. Estas últimas costumam ter o poder de fazer até mesmo do blasé um raivoso.

6. O direitista tupiniquim adora lamber as botas de Bush. Numa época em que até vozes do conservadorismo tradicional norte-americano reconhecem o caráter da mentirada (link via Smart) sobre a qual se sustenta Bush, o direitista daqui ainda defende o genocídio praticado pelos EUA no Iraque.

5. Por alguma razão, o direitista brasileiro sente-se profundamente incomodado com o cinema iraniano. Talvez, se a história do menino que perdeu um sapato fosse contada em inglês, com um orçamento milionário, dois personagens maniqueistamente representando o bem e o mal, algumas explosões e um final bem moralista, o direitista tupiniquim o saudaria como uma pérola.

4. O direitista brazuca adora declarar-se “liberal”. Sonha com o capitalismo preconizado por Adam Smith, quem sabe nalguma ilha onde ainda exista “livre competição pelo mercado”. Afinal de contas, no capitalismo realmente existente o que vemos são quatro megaconglomerados controlando toda a indústria musical do mundo, ricos impondo barreiras e tarifas aos produtos dos pobres, oligopólios praticando dumping, guerras de rapinha para saquear petróleo dos outros. Ao ser confrontado com esses fatos, o máximo que o direitista aceitará é que no “verdadeiro” liberalismo essas coisas deverão ser “corrigidas”. Talvez no dia em que o direitista consiga impor seu modelo de capitalismo à ilha de Robinson Crusoé.

3. O direitista tupiniquim tem pânico de discutir questões relacionadas a raça e etnia. Quando aflora qualquer conversa sobre a discriminação racial ou sobre o lugar subordinado do negro na sociedade, ele raivosamente acusa os interlocutores de estarem acusando-o de racista. Para essa “vestida de carapuça” Freud inventou um nome: denegação. É a atitude preferida do direitista quando o tema é relações raciais.

2. O direitista tem verdadeiro ódio da MPB. Vocifera, por exemplo, contra o silêncio de Chico Buarque sobre o caixa dois do PT, ao mesmo tempo em que idolatra pop stars americanos que silenciam sobre o genocídio no Iraque. Faz sentido: as áreas nas quais, em quantidade e em qualidade, o Brasil tem a mais respeitável produção do mundo desmentem a ficção auto-depreciatória com que o direitista tupiniquim transfere para o país o seu incômodo consigo mesmo.

1. O direitista brasileiro louva e idolatra o mercado, mas curiosamente pouquíssimos espécimens dessa turma se estabeleceram no mercado com o próprio trabalho. É mais comum que herdem um negócio do pai, recebam via jabaculê o emprego que terão pelo resto da vida ou, mais comum ainda, que concluam a quarta década de vida morando com a mãe e tomando toddyinho.

(agradecimentos a Idelber Avelar - Blog Biscoito fino e a massa - de onde surrupiei esta lista..)