28.8.09

Um desabafo a favor da cultura

Meu nobre amigo Thales acabou escrevendo um desabafo-manifesto sobre a “virtude” cultural de nossa cidade natal Belém, no comentário sobre a exposição do Vik Muniz, aqui em Belo Horizonte.

Concordei tanto que resolvi postar aqui.

“É uma pena não podermos compartilhar o sucesso de estarmos mais perto da arte. É uma pena não termos acesso às questões culturais... O problema é também o fato de o paraense ter pouquíssimo interesse na arte. Não lê, não comenta... Quando chega algo novo, muitos correm para se dizerem: "Égua, vou correndo ver aquela peça de teatro. Dizem que está bombando".

Dai, em contraposição, sabem a agenda certa de quem vem para diminuir ainda mais a existência humana: "Vamos no show do calcinha preta?"...


Às vezes penso que estamos em uma terra em que a fertilidade é colocada sobre todos os outros interesses. Dai você observar que os jornais daqui sempre colocam uma foto de mulher seminua na capa para vender... Leitor não vai ler o mais interessante dentro do jornal mesmo... Vai é ver as últimas fofocas dos famosos e saber quem morreu e porquê... Curioso porque não se vêem muitos anúncios nas páginas policiais... É o caderno mais lido...


Tem muito evento que, para ser apreciado, precisamos pegar o "jatinho" para São Paulo. Poderia ser na rua mesmo, como aquele post que você colocou sobre o projeto da música nas ruas, por pessoas aparentemente desconhecidas... Poderia ser na praça, como os shows do Arraial da Pavulagem... Poderia ser em qualquer lugar, mas...
O que importa mesmo é que o paraense prefere ouvir calcinha preta. Prefere ler sobre a Ivete Sangalo ou a Priscila do BBB. Prefere ver show de tecnobrega... Em último volume...


É fácil saber que estou certo. Uma volta nas ruas mais badaladas de Belém em uma tarde de sábado prova isso!


E, como diria aquele outro, "quem sou eu para fazer eles despertarem do sono profundo de sua inaptidão para o conhecimento?" “

(…)

Do sempre esperto Thales Bruno.

27.8.09

Sushi na área

Eu, como bom gourmet que sou..hehehe.. sou um grande fã de comida japonesa e era frequentador assíduo dos restaurantes da época de ouro da comida japonesa em Belém.

Restaurantes como Hakata, Miako eram grandes pontos para degustação da comida oriental.

Mas, confesso que sempre gostei de sushi e não tive muita dificuldade em encarar o mesmo. Por isso mesmo, já fui responsável pela iniciação de vários amigos e amigas nesta por vezes estranha comida.

Eis que passeando pela Internet dei de cara com um site com várias dicas sobre como comer sushi. Algumas delas, eu fazia sem nem saber porque..

Enfim, fica aí para os que querem encarar um sushi que nada mais é do que um tipode alimento saudável e pouco calórico.

Bom apetite!

 

sushi

1. SUSHI (bolinho)
Errado: Comê-lo com o arroz virado para baixo
Certo: Levá-lo à boca com o peixe em contato com a língua
Banzai: Exige um pouco de malabarismo no começo, mas vale a pena. Afinal, as papilas gustativas que fazem você sentir o sabor da comida estão na língua, não no céu da boca. E o importante é sentir o gosto do peixe.
2. GARI (gengibre)
Errado: Comer como entrada, sobremesa ou petisco
Certo: Utilizar entre um bolinho e outro, para limpar o paladar
Banzai: A função do gari é limpar o paladar para você encarar a próxima espécie de peixe. “Funciona como um sorbet”, explica Lumi. As lascas de gengibre devem estar rígidas – o nome gari vem do barulho produzido quando mordemos coisas crocantes .
3. WASABI (pasta verde)
Errado: Sobre o peixe ou diluído no shoyu
Certo: Deve ser colocado durante a preparação, entre o arroz e o peixe
Banzai: Além de dar gosto, o wasabi tem funções higiênicas: é antídoto contra intoxicação alimentar – providencial para quem está comendo peixe cru – e acelera a digestão. O peixe fica menos tempo no corpo e não corre o risco de entrar em estado de putrefação
4. HASHI (palitos)
Errado: Cruzá-los ou espetá-los no bolinho
Certo: Manter os palitos paralelos ou usar as mãos
Banzai: Espetar o hashi no bolinho lembra um ritual fúnebre japonês com incenso. Se você não sabe manejá-los, mãos à obra. “Usar os dedos está de acordo com a etiqueta. Especialmente no balcão, onde é normal fazer refeições mais rápidas”, diz Lumi.
5. SHOYU (molho de soja)
Errado: Ensopar o sushi no molho de soja
Certo: Molhar levemente o peixe e evitar contato com o arroz
Banzai: Faça um sushiman feliz: não exagere no shoyu. “O molho deve acrescentar e não roubar sabor. É aqui que a maioria dos brasileiros erra”, diz Lumi. O arroz é temperado com vinagre e açúcar e não deve encostar no molho de soja.


Mais sobre o SUSHI O sushi é o prato mais famoso da culinária japonesa. Sua origem é milenar e, assim como nossa carne-seca, nasceu da necessidade de armazenar peixe nas eras pré-geladeira. Para resolver o problema, pescadores alternavam camadas de frutos-do-mar com arroz numa tina de madeira coberta por um peso. Em semanas, a mistura virava um compacto e a fermentação dava o sabor ao arroz (o mesmo sabor que o sushiman consegue hoje usando açúcar e vinagre). O curioso é que a técnica pode ter surgido na China, inimiga histórica dos japoneses. É como se a feijoada tivesse sido inventada na Argentina. No formato que conhecemos hoje, o bolinho apareceu apenas no século 18 pelas mãos do chef Yohei Hanaya, que criou uma espécie de fast food em Edo, hoje Tóquio. A idéia era servir comida rápida e acessível para trabalhadores, e os bolinhos nunca apareciam em jantares requintados. Por lá ainda é assim, e o sushi não tem nada a ver com a imagem refinada e cara que a culinária japonesa acabou adquirindo no Brasil.

Vik Muniz em BH

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Se tem algo que realmente gosto pelos lados de BH é o fato de conseguirmos por aqui presenciar grandes exposições, shows, peças de teatro.. enfim, grande momentos culturais com muito mais facilidade do que que temos em Belém do Pará, por exemplo; que por inúmeras razões acaba ficando sempre fora do calendário cultural.

Por aqui, por exemplo, segue a exposição de Vik Muniz.

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Vik Muniz é, de fato, o maior nome brasileiro das artes plásticas; conquistou o prestígio (e a popularidade) como nenhum outro tupiniquim.

O artista se destaca por fazer suas obras a partir de materiais do cotidiano, que a maior parte das pessoas não dá importância, como poeira e lixo, geléia, pasta de amendoim e macarronada!

Os comentários mais sensatos sobre sua arte estão no site da Bravo.

Affonso Romano de Sant’Anna, que juntamente com o Gullar é dos mais interessantes comentaristas da arte contemporânea disse que Vik “realiza o reencontro do público com a arte. Isto é raríssimo hoje em dia. O que tem caracterizado certas mostras é aquilo que Jean Clair – crítico de arte de maior prestígio na França – chamava de “multidões sonâmbulas”. Ir a museu virou uma variante do turismo. Pessoas vagando entre obras que não entendem sem conseguir compatibilizar as bulas oferecidas com o produto exposto. (…) Vik Muniz consegue a empatia e a admiração do público e a atenção de críticos daquilo que [o sociólogo] Howard Becker chamava de arte oficialista”.

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Serviço:

A mostra vai de 21/08 a 02/11 e acontece no Museu Inimá de Paula, Rua da Bahia, 1.201, no centro de Belo Horizonte.

Os ingressos para ver a mostra custam R$ 10 (inteira)

A visita pode ser feita nos seguintes horários:

Terça, quarta e sexta, das 10h às 19h

Quinta, das 12h às 21h

Sábado, das 10h às 19h

24.8.09

Welcome to Belém

botoEis que me encontro de volta em Belo Horizonte. O quê ? vocês nem sabiam que eu tinha viajado ?
é verdade..não avisei.


Mas, foi tão rápido que já voltei. Só fiquei o fim de semana e ainda assim voltando no vôo de domingo a tarde as 13:05.

Ou seja tenso e rápido.

Mas queria contar da minha emoção ao ir pra Belém. Devo confessar que odeio com todas as forças esses voos que saem de Brasilia ou do Rio ou de São Paulo pra Belem. São sempre vôos lotados e parecendo um pau-de-arara daqueles do sertão mais brabo que já imaginaram…

E sempre, sem exceções, que eu pego esses vôos alguem me mostra um lado paraense que não gosto de mostrar, mas existe.

O lado da falta de educação, da falta de polidez, enfim do lado brabo do caboclo paraense.

(senta que lá vem história)

I

Estávamos no rodoviária aeroporto de Brasília aguardando minha conexão, quando minha nobre amada me mandou solicitou carinhosamente que comprasse um lanche naquela malfadada lanchonete da sala de embarque. Após experimentar as emoções de uma fila sem fim, consegui pagar o meu pedido e me dirigi ao balcão para buscá-lo.

Eis que surge um senhor com chapéu que parecia o do boto, e me dá um safanão, um chega pra lá no balcão, exclamando em alto e bom som – “ Então, já pode me atender que é a minha vez.”

Quase derrubando sucos, lanches e tudo o mais que eu carregava, dei uma boa olhada no cidadão e esperei que falasse algo. Um pedido de desculpas que fosse. Nada veio. 

Deixei pra lá, pois não quis criar tanta confusão por aquilo. Mas guardei a imagem daquele “espécime” como quem monta um retrato falado.

Voltei á minha amada e contei o que ocorrera. E adicionei: “acho que esse boto vai no nosso vôo pra Belem. Folgado e mal educado desse jeito, deve conviver com o prefeito Dudu…”

II

Já dentro do avião, após uma intensa fila para embarcar,  me deparei com outro fato estranho que tenho visto com frequência. O uso indiscriminado de máscaras cirurgicas por todo lado por conta da gripe suína. Acho que estes “cirurgiões” não sabem que a máscara só tem efeito de proteção de qualquer coisa por cerca de 1 (uma) hora . Depois deste tempo, a pessoa está tão ou mais exposta a qualquer risco como os normais sem diploma de cirurgião.

Mas voltando ao nosso tema; sentei-me à minha poltrona no avião e vi entrando o boto de quem havia falado a pouco. Veio todo serelepe e empurrando as pessoas no corredor do avião para passar. Assim que achou seu lugar, que não poderia ser outro que não na fileira à minha frente, tratou de guardar as imensas sacolas que carregava consigo a ponto de não encontrar espaço onde guardá-las.

Por conta disso, optou por abrir um dos compartimentos do avião onde ia equipamentos de bordo e com uma gigantesca inscrição dizendo: FAVOR NÃO COLOCAR BAGAGEM NESTE COMPARTIMENTO.

Junte-se a este boto, animal serelepe que é, o fato de ser além de mal-educado e folgado, o analfabetismo de pai, mãe e avós.

Como de praxe, o comissário do vôo teve que intervir e retirar a bagagem do esperto animal que foi recolocada em outro compartimento; coisa que o mesmo poderia ter feito tal não fosse os danos cerebrais que lhe acometem desde que nasceu.

Pobre animal em extinção.

14.8.09

Música de Quinta – Arctic Monkeys

 

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O música de quinta tem uma edição extra por conta desta banda que tenho ouvido muito e tem dado o que falar.

A grande esperança de 2009 nesse momento é o novo disco do quarteto inglês Arctic Monkeys, que veio comendo pelas beiradas a partir de 2006 com o álbum "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not".

Em 2007, a banda faturou novamente todos os prêmios de melhor álbum com "Favourite Worst Nightmare". Hoje, o Arctic Monkeys encontra-se num patamar quase comparável a super bandas como Oasis e Blur.

 

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Tudo começou de forma independente com um simples EP lançado em 2005. Imediatamente aquilo ganhou forma através da Internet e do MySpace, os shows começaram a bombar e atrair cada vez mais público, até que lançaram o primeiro álbum, que foi uma das maiores vendas num lançamento em toda história do rock britânico. Muito disso se deve a Alex Turner, guitarrista, vocalista e letrista do Arctic Monkeys, um sujeito inquieto e altamente criativo. É simples, o cara manja muito de música, suas referências musicais datam desde a década de 60 do rock britânico, assim como o lado mais soul music da Motown.

Essa estratégia deu ao Arctic Monkeys fôlego para voltarem em 2009 com um dos mais aguardados álbuns do ano. No próximo dia 24 de agosto sai "Humbug", o terceiro disco de estúdio do Arctic Monkeys. Como aperitivo, a banda soltou a música "Crying Lightning" há algumas semanas para todas as rádios do mundo.

Desnecessário dizer que já estou com os ouvidos ligados nessa banda e já consegui este álbum.

Mais tarde, coloco as faixas aqui. Voltem que vale a pena…

Música de Quinta – Rhythms Del Mundo

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 Hay que endurecer sin perder la ternura jamás!

O música de quinta volta para prestigiar este album que já é clássico , pelo menos nas minhas listas de execução..heheh

O álbum, gravado em 2006, é um equilíbrio entre músicas clássicas, como “As Times Goes By” do filme Casablanca, de 1942, até a recente “She Will Be Loved”, do Maroon 5, revisitadas por grandes nomes como Arctic Monkeys, Kaiser Chiefs, Coldplay, Radiohead, Jack Johnson, U2, Dido, Maroon 5 e Franz Ferdinand, em arranjos tropicais completamente novos.

Melhor do que isso, as músicas vem com nova roupagem feitas opr ninguem menos que os músicos do Buena Vista Social Club, destacando-se a última música gravada pelo grande Ibrahim Ferrer, antes de sua morte em 2005, e a participação especial da diva cubana Omara Portuondo. Os ritmos vão desde a salsa até baladas românticas.

 

Vale o Histórico:
Buena Vista Social Club era um clube de dança e atividades musicais de Havana em Cuba, local onde os músicos se encontravam e tocavam na década de 40, entre eles Manuel “Puntillita” Licea, Compay Segundo, Rubén González, Ibrahim Ferrer, Pío Leyva, Anga Díaz. Ao longo dos anos novos membros entraram no grupo.
Em 1996, aproximadamente 40 anos após o fechamento do clube, ocorreu o encontro para a gravação do CD, entre o músico cubano Juan de Marcos González e o guitarrista americano Ry Cooder com os músicos tradicionais.

Ry, após a repercussão do CD, foi multado pelo governo dos EUA em $100.000 sob a alegação de violar o “America’s Trading With The Enemy Act”, que impede viagens e comércio entre os EUA e países inimigos (a ilha comandada por Fidel) e foi proibido de voltar a Cuba pelo governo norte-americano. Contudo, conseguiu, com a ajuda do ex-presidente Bill Clinton, em 2000, voltar à Cuba e desenvolver mais dois projetos, dentre eles um disco solo com Ibrahim Ferrer, seu último trabalho na ilha. Recentemente, o governo dos EUA passou a dificultar e retardar a emissão de vistos de entrada, a fim de dificultar a entrada de cantores cubanos em premiações em solo americano, como o Grammy, por exemplo.
O disco, chamado Buena Vista Social Club tornou-se um sucesso internacional e vendeu mais de 1 milhão de cópias, lnnçando os músicos cubanos em uma trajetória de fama e fortuna, projetando sua música em todo o mundo.


Foi quando então o diretor alemão Wim Wenders filmou a apresentação do grupo na Holanda, e uma segunda apresentação no famoso Carnegie Hall em Nova York, transformando num documentário, acompanhado de entrevistas feitas em Havana com os músicos.
O filme, chamado Buena Vista Social Club, foi aclamado pela crítica, sendo indicado ao Oscar na categoria Melhor Documentário e ganhando o prêmio de Melhor documentário no European Film Awards.
Parte do valor arrecadado pela venda de “Rhythms Del Mundo:Cuba” é revertida para a APE - Artists Project Earth. Nascida após o tsunami da Ásia, em 2004, a organização dedica-se a combater os efeitos de catástrofes naturais e a sensibilizar a população mundial para a defesa do meio ambiente.

Vou postar as musicas desse álbum mais tarde, já que ainda não consegui os links . O atalho da APE, acima, permite curtir um pouquinho deste maravilhoso álbum.

Piratas do Caribe..ou da China

O assunto não é muito ligado a idéia do meu blog, mas achei tão interessante que resolvi compartilhar e essa é a idéia no fim das contas.
Tava vendo essa reportagem sobre carros piratas chineses..
É  isso mesmo.

A china agora resolveu piratear carros tambem ( não satisfeitos em piratear..er..bem..quse tudo.)


São montadoras chinesas que basicamente fizeram seus próprios modelos de carros de marcas famosas que obviamente em suas versões chinesas, custam bem menos.

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(Acima, piratarias do mini cooper e do rolls royce phantom)

 

Um detalhe interessante é que algumas destas montadoras já estão vindo vender no mercado brasileiro. Uma delas, a Chery, inclusive já tem loja aqui em Belo Horizonte.

Dizem as más linguas que os carros não tem lá muita qualidade.
Carro pirata chinês, e vocês querendo qualidade ?

sério…?

 

Vi aqui: http://raulnachina.folha.blog.uol.com.br/

11.8.09

Lembrando a gripe suína

Essa eu ia postar no twitter, mas ja que estava por aqui, vai opr aqui mesmo… assim não ficam reclamando que eu  não posto nada aqui no blog.

Mas esta semana, voltam as aulas depois desta “palhaçada” de adiarem por conta de uma semana para o vírus da gripe sumir..ora.. daí o fulaninho não vai na aula, mas vai ao cinema, depois vai a uma balada e passa no shopping.. sei, sei.. ambientes fechados, não?

Afinal o importante é não pegar gripe ou não pegar aula?

 

Abaixo, momento de como surgiu a gripe suína.. com o “Porco Aranha “.

 

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E já que eu falei em Collorir…

segue a foto em preto em branco….


hehehe..perdão pelo trocadilho.

 

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10.8.09

Sociedade da Desinformação

O título é um trocadilho com o nome desta banda  Information Society que ,devo confessar, gostava muito durante o iníco da minha adolescencia.
E pior ainda, quase fui assistir ao show dos caras aqui em BH.
Preciso dizer que acabei assistindo essa apresentação ao vivo no Faustão e fiquei assustado com a apresentação porca dos caras.. vá ser desafinado assim lá nos EUA, seu filho da mãe.
E pra piorar, o vocalista foi escroto ao cubo com o Faustão.

Cabe aqui um adendo. Longe de mim ficar defendendo rede globo ou o Fausto Silva, mas é de lascar  banda babaca de 5 categoria que acha que pode chegar aqui e fazer e falar o que quiser.

Fica aqui o meu protesto. Ah! as musicas dos caras eram legais, sim.. eles só não podem cantá-las nunca mais.. desafinando desse jeito, então…

O momento “Fernando Collor” de educação começa por volta fo minuto 3:30…

4.8.09

Decisões…

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Numa fria tarde de novembro de 1961, quatro rapazes caminhavam à beira do rio Mersey. Ares preocupados, o vento batendo em suas franjas, de vez em quando olhavam para os navios que entravam pelo porto de Liverpool.

Eles lembravam-se, quem sabe, do tempo em que tinham que tocar oito horas para ganhar uns cobres num clube de Hamburgo. Tempos difíceis, é verdade, mas pelo menos não havia a tensão de se ter que tomar decisões, como naquela hora. Então um deles resolveu falar:

"Vamos encarar a realidade, rapazes, isso não vai dar certo." Era Pete Best (o terceiro aí da foto), um rapaz alto, forte e bem apessoado, o baterista do grupo. "Estamos na estrada há anos e até agora só estamos perdendo tempo. Agora, trabalhar para um empresário bicha é o fim da linha."

"Pode dar certo", murmurou George sem muito entusiasmo.

"Eu não acho que devamos desistir", completou Paul. "Acho que ainda podemos ganhar dinheiro com isso."

"Quem poderia substituir você?", completou John, sempre mais frio e pragmático que os outros.

Pete esperava algum tipo de adulação. A pergunta de John deixou-o um pouco incomodado. Ainda assim, não perdeu a pose:

"Pode ser aquele narigudo, o Starkey".

Ninguém respondeu nada. Continuaram caminhando com os rostos enfiados nos capotes. Best, ainda mais incomodado com o silêncio, resolveu abrir o jogo. Disse que sua mãe lhe havia proposto tomar conta de um bar em Penny Lane e ele estava disposto a aceitar. Os outros talvez tivessem ficado com alguma inveja daquela estabilidade financeira tão precoce, mas nada disseram.

O que é bom para nós, pode não ser para você", sentenciou George com ares de filósofo oriental.

Pete animou-se com a resposta e, com pena dos amigos, procurou encorajá-los. Disse que o rock'n roll estava no fim, que ninguém poderia substituir Elvis e que eles deveriam investir na música italiana, estara é que seria a música dos anos 60. No fim, despede-se dos amigos com um abraço.

"Boa sorte, Pete", disse John.

"É isso aí", falou George.

"Obrigado pelos conselhos, mas vamos ficar mais um pouco", finalizou Paul. "Talvez a gente ainda ganhe algum dinheiro com isso."

Pete soltou um longo suspiro. Estava com uma sincera pena de seus amigos. "Vocês é que sabem, rapazes, mas não vão dizer que eu não avisei..."

 

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No outro lado da cidade, um narigudo, dono de de um arrojado topete e com a barba por fazer, espera sua namorada sair da manicure lendo sobre a apertada vitória do Blackburn sobre o Warrington pela segunda divisão do campeonato inglês.

"Esperou muito, Ringo querido?"

"Já lhe disse, Maureen, não gosto que você me chame de Ringo. A última coisa que me lembro quando olho no espelho é de um pistoleiro mexicano."

"OK Rick. E quanto àquele negócio, já decidiu?"

"Mamãe acha melhor eu aceitar aquele o emprego de fiscal de vigilância sanitária. Ela disse que eu sou um cara de muita sorte por conseguir passar nesse concurso."

"E a música, Ringo."

"Rick."

"Está bem. E a música, Rick?"

"Não vamos discutir isso de novo. Eu entendo tanto de música quanto você entende de corrida de cavalos."

"Mas você está ficando melhor. Ontem, em Mr. Moonlight você manteve o compasso até o final."

"Você está falando para me agradar."

"Não acho certo que você desista de um sonho."

Richard estava em dúvida. Se havia algo que ele detestava era decepcionar alguém. Sua mãe queria o emprego público, sua namorada queria a carreira artística. No entanto, Richard planejava levar Maureen a um drive-in naquela noite. Se a desapontasse, poderia ter que ficar em casa ouvindo um concerto da BBC ao lado de sua mãe.

"Está bem, vou tentar mais um pouco na música. Ano que vem vão abrir outro concurso mesmo."

"Eu te amo, Ringo."

"Não me chame assim, eu detesto apelidos ridículos."

Direto do Blogdotorero.uol.com.br.

3.8.09

Bem vindo de volta

Devo satisfazer aos amigos deste humilde blog ou simplesmente seguir a minha vontade ?

As duas coisas andam juntas.

Desde que iniciei este blog, fui movido por uma vontade de compartilhar momentos com quem mais quisesse lê-los por aqui; no entanto a dificuldade de escrever por aqui tem sido pelo fato de ser talvez muito criterioso com a escolha de assuntos dignos de serem postados por aqui.

Isto em conjunto com um momento de vida que tem me levado a optar por caminhos profissionais mais rigorosos sem  muito tempo livre, me deixaram na dívida com meu blog e meus amigos leitores.

Faço minhas suas palavras ao darem um até logo ao blog pela falta de atualizações, mas devo dizer que não tenho esta intenção.

Espero poder continuar escrevendo por aqui e usando este espaço sempre que puder e pretendo não deixar este espaço abandonado com cara de cachorro de rua.

Bem vindos de volta ao meu blog!

Se possível!!